Os Desafios Modernos da Igreja e da Teologia

Desafios Modernos da Igreja e da Teologia Cristã

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Na sociedade contemporânea, os desafios da igreja e da teologia são frequentemente vistos em forma de conflito contra o sistema, representado pelos valores, instituições e estruturas sociais que permeiam a vida humana. Estes desafuis não são novos; ao longo da história, a igreja enfrentou desafios políticos, sociais e culturais que colocaram em xeque sua identidade e missão. Neste artigo, exploraremos a natureza desse conflito, seus desdobramentos históricos e suas implicações teológicas, buscando compreender como a igreja e a teologia podem responder aos desafios do sistema sem comprometer sua fidelidade ao Evangelho.

1. O Desafio do Conflito de Valores

Os valores do sistema moderno são um desafio aos valores ensinados pela igreja e pela teologia cristã. Enquanto a sociedade secular busca autonomia e liberdade individual, a teologia cristã enfatiza a submissão a Deus e o amor ao próximo. Essa tensão é evidente em questões éticas como o aborto, a eutanásia e a sexualidade, onde a sociedade promove uma visão relativista e individualista, enquanto a teologia busca discernir a vontade de Deus e promover o bem comum.

Na Bíblia, encontramos princípios que nos guiam na reflexão sobre essas questões. Em Gênesis 1:27, somos ensinados que fomos criados à imagem de Deus, que nos conferiu dignidade e valores próprios. Em Mateus 22:37-39, Jesus resume os mandamentos em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Esses princípios nos desafiam a buscar a vontade de Deus em todas as áreas da vida, mesmo quando ela entra em conflito com os valores predominantes da sociedade onde estamos inseridos.

2. O Desafio da Secularização

A secularização, processo pelo qual a religião perde influência na sociedade, é um fenômeno que afeta a prática religiosa e a interpretação teológica. À medida que o secularismo se expande, a religião é relegada ao âmbito privado, e a teologia é cada vez mais marginalizada como uma disciplina acadêmica. Essa tendência desafia a relevância da igreja e a autoridade da teologia na construção social, política e psicológica da humanidade.

Historicamente, a secularização tem suas raízes na modernidade, com o advento da ciência, da razão e do individualismo. A separação entre religião e Estado, juntamente com a crescente influência da mídia e da cultura popular, contribuiu para a marginalização da religião na esfera pública. Nesse entremeio, a secularização não significa necessariamente o declínio da religião, mas sim uma transformação e adaptação às novas demandas e realidades da sociedade presente, moldando-se “ao gosto do freguês”.

Charles Spurgeon já dizia que “chegará o dia em que no lugar dos pastores alimentar ovelhas, haverá palhaços a entretor os bodes.”

No entanto, tal afirmação não nos causa estranheza, pois o apóstolo Pedro já alertou há mais tempo sobre este dia, ou este tempo, dizendo “que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências” (2 Pedro 3:3) e Paulo na mesma sintonia afirma “que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé” e aparecerão “homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência.” (1 Timóteo 4:1,2).

3. O Desafio da Busca por Poder e Influência

O conflito entre o sistema e a igreja também envolve questões de poder e influência. Ao longo da história, podemos encontrar líderes políticos e econômicos que tentaram submeter a religião para legitimar seus interesses e controlar a população. Da mesma forma, a igreja muitas vezes se viu tentada a buscar poder e prestígio no mundo, comprometendo sua fidelidade ao Evangelho em troca de influência política ou econômica, tendo na Idade Média o seu principal modelo e, mais atualmente, com muitas igrejas neopentecostais em todo o mundo.

A Bíblia adverte sobre os perigos do poder e da idolatria. Em Mateus 6:24, Jesus nos lembra que não podemos servir a Deus e ao dinheiro. Em João 18:36, Jesus declara que seu reino não é deste mundo, desafiando as noções convencionais de poder e autoridade. Escrevendo aos Romanos, o apóstolo Paulo afirma que “o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Romanos 14:17).

Essas passagens nos alertam sobre os perigos de colocarmos nossa confiança no poder terreno em detrimento do Reino de Deus. Não que o cristão – e teólogo – não deva se preocupar com o aspecto terreno da vida, simplesmente para sua mensagem ser mais ou melhor aceita, mas que a busca desenfreada por poder e influência é extremamente prejudicial aos que assim fazem, tendo seus corpos traspassados com muitas dores. Esse é o alerta de Paulo a Timóteo.

4. O Desafio da Pluralidade de Perspectivas Teológicas

As perspectivas teológicas são diversificadas, abrangentes, divergentes e, muitas vezes, excludentes, ou seja, ao mesmo tempo em que abarcam quase a totalidades das doutrinas cristãs também podem ser muito opostas umas às outras. Por exemplo, a interpretação da doutrina da salvação pode variar entre uma perspectiva calvinista, que enfatiza a soberania de Deus na eleição dos salvos, e uma perspectiva arminiana, que destaca a liberdade de escolha humana na aceitação da salvação.

Uma questão em voga atualmente é sobre a veracidade, infalibilidade e utilidade da Bíblia Sagrada para os tempos modernos. Diz-se que a Palavra de Deus necessita ser modificada, pois não atende mais aos anseios do homem moderno, muito menos responde questões da atualidade da forma como gostariam de tê-las. A despeito disso, temos a própria Bíblia ressoando desde os seus tempos primitivos que ela é a verdade de Deus para todos os tempos.

O apóstolo Pedro na primeira carta, capítulo 1, afirma “que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” Ao mesmo passo que Paulo afirma a Timóteo que “toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (2 Timóteo 3:16,17).

Diante dessa pluralidade de ideias teológicas, devemos buscar um aprofundamento bíblico, histórico e teológico em amor e humildade, sempre orientados pelo Espírito Santo, na busca pela verdade divina que é plenamente expressa na correta interpretação da Palavra de Deus.

5. O Desafio da Resistência e do Testemunho

Apesar dos desafios enfrentados, a igreja e a teologia têm uma longa história de resistência e testemunho. Desde os primeiros mártires cristãos até os reformadores do século XVI, vemos exemplos de homens e mulheres que se recusaram a comprometer sua fé em face da perseguição e da adversidade. Hoje, em meio à globalização e à pluralidade cultural, a igreja é chamada a ser sal e luz no mundo, preservando os valores do Reino de Deus em meio às trevas do sistema.

O apóstolo Paulo nos lembra em Romanos 12:2 que não devemos nos conformar com os padrões deste mundo, mas ser transformados pela renovação da nossa mente. Isso implica em resistir às pressões do sistema e buscar a vontade de Deus em todas as áreas da vida. Em Mateus 5:13-16, Jesus nos exorta a sermos sal da terra e luz do mundo, influenciando positivamente a sociedade ao nosso redor.

Em Atos 4:19,20 logo após curarem um coxo na porta Formosa, Pedro e João foram interrogados, ameaçados e ordenados a não pregarem ou ensinarem em nome de Jesus, ao que eles respondem: “Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.”

Desde o início da Igreja, todos aqueles que buscaram manter-se resistentes e fiéis no testemunho da Palavra de Cristo sofreram perseguições severas, culminando, muitas vezes em morte. Quando observamos a história dos Reformadores Protestantes, por exemplo, veremos que enfrentaram atrocidades por conta da sua oposição ao sistema secularista presente na igreja.

  • John Wiclyfe, que pregava a Bíblia como autoridade máxima da igreja, e autor da primeira tradução completa do Novo Testamento para o inglês, morreu de embolia pulmonar e foi enterrado em solo sagrado. Mas, postumamente fora declarado herege, então seus restos mortais foram exumados e queimados.
  • John Huss, também pregando a Bíblia como autoridade máxima, foi preso, depois querimado na fogueira com uma coroa de papel decorada com diabinhos.
  • Jerônimo Savonarola, que pregava contra a imoralidade, a sensualidade e os vícios da cidade e do papa, foi enforcado e queimado em praça pública.
  • William Tyndale, por traduzir a Bíblia para o inglês moderno, foi estrangulado e queimado em uma estaca em praça pública.
  • No site Portas Abertas.org, há uma relação de 7 casos mais conhecidos de cristãos perseguidos no mundo por causa da sua fé. Entre eles, está o relato de Helen Berhane, da Eritréia, que ao estudar Teologia, aprendeu muito sobre Evangelização e começou pregar em cafés, igrejas e em todo lugar. Certa vez pregando em frente a uma igreja, foi presa pela primeira vez. Mas, depois, presa novamente com jovens, com criminosos perigosos e com mulheres, nunca perdeu a oportunidade de pregar o Evangelho.

6. O Papel da Teologia e da Igreja Diante dos Desafios

Diante dos desafios a teologia e a igreja desempenham um papel fundamental na promoção da justiça e da paz. A teologia nos ajuda a discernir os sinais dos tempos e a interpretar os acontecimentos à luz da Palavra de Deus. A igreja, por sua vez, é chamada a ser uma comunidade de fé, esperança e amor, testemunhando ao mundo os valores do Evangelho em suas palavras e ações.

O apóstolo Pedro nos lembra em 1 Pedro 3:15 que devemos estar sempre prontos para dar razão da nossa esperança a quem nos pedir. Isso implica em estar engajados na sociedade, buscando transformá-la à luz do Evangelho. Em Tiago 1:27, somos chamados a cuidar dos órfãos e das viúvas em suas aflições, evidenciando assim a genuinidade da nossa fé.

Entretanto, diante de todas essas responsabilidades que são próprias da igreja e da prática teológica, o teólogo cristão não pode esquecer-se de que a igreja ainda é, e continuará sendo “a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.” (1 Timóteo 3:15), sendo que o Evangelho é inegociável, pois ele é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16).

7. Superando os Desafios da Prática Teológica

Para ser um teólogo equilibrado sem comprometer-se com o sistema político, religioso, social e ideológico da atualidade, o cristão pode adotar algumas práticas e princípios:

  • Mantenha a sua prática teologia sempre baseada e firmada na Palavra de Deus, priorizando a busca pela verdade e orientação divina em todas as áreas da vida, independentemente das influências externas.
  • Cultive um discernimento espiritual, capacitado pelo Espírito Santo, para avaliar criticamente as mensagens e ideologias do sistema político, religioso, social e ideológico, discernindo o que está alinhado com os princípios bíblicos e o que está em conflito com eles.
  • Engaje-se de forma crítica com o sistema ao seu redor, analisando-o à luz da Palavra de Deus e buscando transformá-lo por meio de uma participação consciente e responsável na sociedade, sem se deixar ser manipulado ou controlado por suas estruturas.
  • Priorize o Reino de Deus acima de qualquer lealdade a sistemas políticos, religiosos, sociais ou ideológicos. Isso significa colocar os valores do Reino, como amor, justiça e compaixão, acima de qualquer agenda política ou ideológica.
  • Busque o diálogo e a tolerância com aqueles que têm visões diferentes, mantendo uma postura de respeito e amor ao próximo, mesmo diante de divergências ideológicas ou políticas. Isso não significa concordar com tudo, mas buscar entender e respeitar as diferentes perspectivas.
  • Viva uma vida de integridade e coerência com sua fé, testemunhando os valores do Evangelho em todas as áreas da vida, incluindo sua interação com os sistemas político, religioso, social e ideológico.
  • Cultive uma profunda dependência de Deus, confiando nele para orientação e proteção em meio às pressões e tentações do sistema ao seu redor, lembrando-se sempre de que sua verdadeira identidade e lealdade estão em Cristo.

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